sexta-feira, 14 de outubro de 2016

A família do Sr. Brasivaldo e o Brasil

O objetivo de qualquer governo, deve ser o de melhorar a qualidade de vida de sua população.

Gostaria de pedir licença para utilizar uma metáfora, comparando nosso país a um chefe de família, que chamaremos de Brasivaldo.
Brasivaldo é casado, tem cinco filhos, cada um com seu desenvolvimento e capacitação própria, mas todos convivendo harmonicamente dentro de seu lar, mesmo com alguns dos filhos se rebelando por causa da influência de amigos errados.
Mas Brasivaldo não desiste. É trabalhador incansável. Com um emprego razoável, trabalhando como vendedor de uma grande empresa, ele viu suas comissões de vendas aumentarem sensivelmente com o aumento de vendas da empresa que trabalha, permitindo assim que ele aumente de forma exponencial seus ganhos nominais.
Brasivaldo tinha um salário R$ 1.500, mas suas despesas beiravam a quantia de R$1.450 todo mês. Sobrava pouco para ele almejar coisas melhores para a vida dele e de sua família
Então, com o expressivo aumento das vendas por causa da expansão econômica e financeira de sua empresa, seu salário passou de R$ 1.500 para R$ 15.000. O que você acha que aconteceria com a vida do Sr. Brasivaldo e de seus familiares?
Ele passaram a experimentar uma melhora sensível em seu nível de vida, permitindo que ele e seus familiares “ousassem” e gastassem mais do que vinha gastando(R$ 1.450), principalmente gastando com coisas que garantiriam um futuro melhor para ele e sua família – eles resolveram aumentar os gastos(prefiro chamar de investimentos) com SAÚDE, EDUCAÇÃO, MORADIA, SEGURANÇA DA FAMÍLIA, que proporcionariam um maior bem estar para eles e a garantia de qualidade para que seus filhos possam estudar em melhores escolas e aspirar uma situação melhor na vida deles, através da colocação em empregos melhores e com remuneração maior, criando assim um círculo virtuoso.
Mesmo com um aumento de suas despesas(ainda baixas, comparando com o que ganhavam por mês), a vida de Brasivaldo e sua família melhorou tanto, que eles ainda conseguiram fazer uma poupança (RESERVAS INTERNACIONAIS), para ser utilizada em casos de emergência, assim como fizera em um período anterior, quando precisou.

Mas as vendas da empresa que Brasivaldo trabalha, caíram devido à problemas com seus clientes espalhados pelo mundo (que entrara em crise). Por conta de uma venda mais baixa, suas comissões também caiaram, diminuindo assim, seus recebimentos mensais.
Evidentemente ele teve que cortar despesas (fazendo um contingenciamento de despesas em sua casa), afim de equilibrar suas contas. Mas que despesas ele escolheria para cortar? A
ESCOLA DOS FILHOS, OS CUIDADOS COM SAÚDE E SEGURANÇA, ou as DESPESAS SUPÉRFLUAS, tipo aquele jantar fora algumas vezes por semana, aquela pizza no fim de semana, aqueles passeios e viagens dispendiosos, aquelas compras de roupas, calçados, perfumes, jóias, nos Shoppings, aquele cineminha nos fins de semana, etc?
O bom senso manda que sejam cortados os supérfluos.
Devido aos baixos níveis de remuneração em suas comissões, ele teve que sacrificar mais despesas, até chegar ao nível de despesas anteriores. Tentou lançar mão de sua poupança, como já fizera anos antes, em outro período muito duro de vendas de sua empresa.
Para usa surpresa, não deixaram ele utilizar sua poupança para se equilibrar, por alegar que assim ele perderia credibilidade na praça, e não poderia mais fazer despesas.
O exemplo do Sr. Brasivaldo, pode ser comparado com o do Brasil, cuja situação, a despeito do que dizem, não é tão ruim como eles dizem que é. Justamente pelo grande progresso adquirido nestes anos de bonança e crescimento econômico, e crescimento da poupança interna.  Mas o objetivo deles é pintar o bicho bem feio para justificar seus atos.
A então Presidente Dilma, havia afirmado que o Brasil teria um déficit na casa de 90 Bi, devido à baixa arrecadação que o país estava experimentando(olha a comparação com o Brasivaldo que diminuiu suas comissões porque as vendas caíram). Pois bem, a então Presidente Dilma, antes que se consumasse o #Golpe, contingenciara estes 90 Bi que havia sido previsto como déficit, devido à baixa arrecadação), enviando propostas ao Congresso para tentar atenuar os efeitos de uma crise que vem assolando o mundo desde 2008. E que até então no Brasil realmente foi uma “marolinha”.
Mas por que foi uma “marolinha”?
PORQUE O BRASIL CRESCEU NESTES ANOS DE GOVERNOS PETISTAS, POR MAIS QUE O PESSOAL QUE APOIA A PLUTOCRACIA NÃO GOSTE DE ADMITIR.
Só para termos uma ideia, o PIB brasileiro passou de R$ 705 Bi, em 1995, para R$ 5.904 Trilhões, em 2015, neste quadro evolutivo, os maiores crescimentos se deram na era petista que, diferentemente do que se tenta apregoar, permitiu que o Brasil crescesse.
Com mais arrecadação, mais dinheiro em caixa. Com mais dinheiro em caixa, pode-se INVESTIR (para alguns seria gastar), mais. Compare novamente com o salário do Brasivaldo.
Se você ganha mais, você gasta mais, e pode sonhar mais. O volume de gastos, comparados com o crescimento e evolução do PIB, foi menor.
Com o crescimento do PIB, nossas reservas cambiais saltaram de US$ 17 Bi, em 2002, para US$ 376.240 Bi, até dia 10/12/2016(Fonte BC). Notem que apesar da “crise” nossas Reservas Internacionais aumentaram.
Quando a Dilma não ainda não tinha sido deposta pelo #Golpe, cogitou-se de utilizar as Reservas Internacionais, para combater a crise(como fizera FHC na década de 90), mas lhe foi vedada esta opção. E hoje, já estão cogitando e provavelmente será aprovada, para combater este déficit. Que hoje já passa de 170 Bi. E esta previsão já foi estourada faz tempo, pois a gastança tem sido enorme para pagar a conta do #Golpe. Um cheque em branco foi assinado e nós estamos pagando o pato da FIESP.
O maior problema deste Governo, é que ao invés de promover um ajuste correto das contas públicas, como alardeou antes de tomar o poder, eles estão num processo acelerado de gastança generalizada. Concedendo inúmeros aumentos e benefícios para quem está no andar de cima. Agradando justamente aqueles que podem prejudicar ou favorecer seus planos, dependendo do que façam. Só de verbas publicitárias o aumento foi exponencial. Para depois alardearem que irão reduzir os gastos com publicidade em 25% em 2017.
Pelo modelo apresentado atualmente de redução de despesas, atrelado à correção da inflação do ano anterior, e não ao crescimento do PIB, como era antes, a ampliação real das despesas não vai existir, mesmo que a economia cresça e as contas públicas melhorem, pois as mesmas ocuparão sempre uma fatia decrescente do PIB, em uma acentuada curva de queda.
Mesmo com a previsão de revisão após o décimo ano de sua vigência, esta mudança se restringirá apenas aos métodos de correção, e não ao bojo principal deste regime, pois sua revisão não é obrigatória, sendo uma iniciativa exclusiva do chefe do Executivo.

Segundo afirma a pesquisadora Christine Rifflart, economista do Observatório Francês de Conjuntura Econômica (OFCE) - “Tudo depende da sociedade que queremos. Nos países desenvolvidos, inclusive naqueles mais liberais, há um modelo de proteção social mais estabelecido do que nos emergentes ou em desenvolvimento, mas isso tem custos”
 “Até nos Estados Unidos, onde o Estado tem um peso menor, há uma série de compromissos com a população – mesmo que seja limitado à educação, à defesa e outros serviços essenciais.”
“As experiências mundo afora mostram que os investimentos privados não compensam a falta de investimentos públicos. “É uma ilusão pensar que o setor privado vai gastar no lugar do público. Não existe mágica nesse sentido”, ressalta Stéphane Straub, da Toulouse School of Economics e pesquisador convidado do Banco Mundial, em Washington. “A chave é gastar melhor e nos bons setores. Melhorar a eficiência dos gastos é o maior problema dos países latino-americanos”, afirma o especialista em desenvolvimento e infraestruturas.

 “...se a taxa de gastos em relação ao PIB ficar em torno de 15%, o país vai se equiparar a países bem menos desenvolvidos, como os africanos. “É uma redução extremamente severa, e o verdadeiro problema agora vai ser escolher onde os cortes vão acontecer...”” - François Bourguignon, “economista e um dos maiores especialistas franceses em desigualdades, e ex-vice-presidente do Banco Mundial.”
http://br.rfi.fr/brasil/20161012-nivel-muito-baixo-de-gastos-publicos-ameaca-o-desenvolvimento

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