LAVA JATO, GRAMPOS, VAZAMENTOS, ABUSOS, SATIAGRAHA,
PROTÓGENES QUEIROZ, DANIEL DANTAS
Num estado policialesco em que vivemos, ninguém (a não ser gente ligada ao PSDB), está
imune a monitoramentos, investigações, punições, conduções coercitivas, e até a
prisões temporárias e preventivas, como aconteceu com a cunhada do Vaccari, que
foi presa porque a PF acreditou que estaria fazendo depósitos
na conta da irmã, mas depois foi comprovado por imagens que era
a própria irmã que estava fazendo o depósito na agência naquele dia em
questão. E é este o “efeito Lava Jato”.
Muita publicidade, muita ribalta, muitos vazamentos seletivos (estes podem
acontecer e não são investigados). Aliás, existem muitos pedidos de
investigações internas que buscam esclarecer e investigar os chamados “VAZAMENTOS”
ilegais, mas geralmente dão em nada por causa dos interesses óbvios, claro.
Mas a questão que levanto é: por que existem tantos
vazamentos, já que o processo de delação premiada, em sua fase inicial, POR
LEI DEVE SER SIGILOSA?(veja mais aqui)
A quem interessa?
É obvio que a imprensa (quando o assunto segue sua linha
editorial) é uma das pontas(a principal) interessadas em obter “informações privilegiadas”
para depois publicar como “furo de reportagem”, e faturar milhões com o
assunto.
Veja por exemplo o caso da Operação Carne Fraca. A GRANDE
MÍDIA explorou ao máximo a versão sensacionalista da Operação, sem se preocupar
com as consequências. Obrigando com isso, os grandes fabricantes a publicar
anúncios praticamente durante o dia inteiro nas grandes redes, afim de tentar
minimizar os estragos proporcionados, gastando uma fortuna veiculando estes
esclarecimentos.
A grande mídia em geral não se preocupou em “poupar nada”, jogando as informações como vinham chegando, sem se preocupar com a verificação da veracidade dos fatos, ou sem se preocupar em buscar um contraditório e opiniões técnicas sobre o assunto.
A grande mídia em geral não se preocupou em “poupar nada”, jogando as informações como vinham chegando, sem se preocupar com a verificação da veracidade dos fatos, ou sem se preocupar em buscar um contraditório e opiniões técnicas sobre o assunto.
Tudo isso se tornou um CICLO VICIOSO – e perigoso. A PF (ou
o MPF) vaza uma informação de que estará nas ruas deflagrando uma nova
operação. Lembram da declaração do então Ministro da Justiça Alexandre de
Moraes que antecipou
uma operação da PF a jornalistas de Ribeirão Preto na semana que viria? Ou
então do batalhão de repórteres das maiores redes que já estavam de plantão as
6 da manhã na casa de Lula? Como
a Globo já sabia da Operação?
Desde o começo da Lava Jato tem sido assim. Mas nem sempre
foi desse jeito. Um grande exemplo foi a Operação da PF chamada Satiagraha.
À frente dela estava o Delegado Protógenes Queiroz.
Conheça mais sobre o caso nos links abaixo:
Notem bem que Protógenes Queiroz foi preso, demitido,
julgado e condenado
2 anos e 6 meses de prisão, tudo por causa – segundo alegado pelo STF –
dele ter divulgado antecipadamente para a IMPRENSA que a PF desencadearia a
Operação Satiagraha.
Com relação a vazamentos, deixo aqui uma série de
reportagens, a maioria tendo como origem o site do Marcelo Auler:
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