PROJETO JARI E RESERVA NACIONAL DO COBRE
Ocupação da Amazônia:
INTEGRAR PARA NÃO ENTREGAR. –
CASTELO BRANCO
Desocupação da
Amazônia: ENTREGAR PARA NÃO
INTEGRAR. – TEMER
Durante o discurso de
abertura da SUDAM, em 1966, o então Ministro do Planejamento Roberto Campos ressaltou
que a “verdadeira” vocação da Amazônia era a mineração
O que tem em comum entre o Projeto Jari e a Reserva Nacional
do Cobre e Associados (RENCA)?
Tem muita coisa em comum. Então vamos a elas. Em primeiro
lugar tanto Jari, quanto a RENCA estão situados nas fronteiras dos Estados do
Pará e do Amapá. Além destas semelhanças existem outras, como por exemplo,
estarem situadas bem próximas, em uma área de muita diversidade vegetal em seu
solo e muita riqueza mineral em seu subsolo. Também têm em comum o fato de
serem áreas de grande extensão territorial, comparado a áreas de muitos Estados
brasileiros, como Sergipe, ou o Espírito Santo, ou até mesmo a países como a
Holanda e Suíça.
A Reserva Nacional do Cobre foi criada em 1984, ainda
durante a Ditadura, no Governo de João Figueiredo, último presidente do período
militar. Sua área total, abrange aproximadamente uma área de 46.540 Km2.
Mas por que o então já decadente e desprestigiado governo
militar de João Figueiredo resolveu criar uma reserva deste tamanho e
importância, em uma região pouco habitada e com fronteiras frágeis e pouco
vigiadas? A resposta para esta pergunta pode ser dada justamente em torno do
Projeto Jari, do bilionário Daniel Ludwig, um empresário americano que ousou
investir na criação de uma fábrica de celulose em uma área próxima do Rio Jari.
Ele chegou até a trazer diretamente do Japão uma fábrica inteira, para instalar
no local.
Em 1967, Daniel Ludwig comprou uma área de aproximadamente
17 mil Km2, mas que se estendia na prática por outra de tamanho até mais extenso,
3 milhões de hectares. Pois o empresário reivindicara o direito de posse de uma
área adjacente ao projeto, o que lhe daria a posse de uma propriedade de quase
5 milhões de hectares. “O Jari foi planejado para funcionar como um
complexo econômico de grandes dimensões, envolvendo atividades industriais,
agrícolas e de extração mineral e vegetal”.
Tal aquisição causou muita desconfiança e chegou a gerar uma
CPI, que questionava o sobre o risco para a soberania brasileira uma área tão
grande nas mãos de uma única pessoa, mas tal CPI nada conseguiu apurar(por que
será?). Fato é que no fim da década de 1970 e princípio da década de 1980, o
Governo brasileiro implementou um enorme esforço para recuperar.
O Projeto Jari foi a “maior companhia florestal do planeta e mais
extensa propriedade agrícola do mundo pertencente a uma só pessoa, o Jari
envolveu um total de investimentos próximo de um bilhão de dólares. Por suas
dimensões e por ser controlado por um empresário estrangeiro, foi objeto de
inúmeras críticas e denúncias no decorrer de sua existência. Por um lado, foi
criticado como um projeto mal concebido e mal dirigido do ponto de vista
gerencial; de outro, foi visto por muitos como uma presença estrangeira
indesejável no país e identificado como uma ameaça à soberania nacional. Otávio
Ianni se referiu ao Jari como “um enclave estrangeiro criado com a proteção
econômica e política da ditadura”, caracterizando-o ainda como um produto
típico do regime instalado em 1964, que facilitou a abertura da Amazônia aos
grandes negociantes de terra e promoveu uma política de concentração fundiária
na região”. (veja aqui em PROJETO
JARI.)
Baseado nestes fatos, podemos entender o porquê do então
governo militar brasileiro se preocupar com aquela área. Provavelmente por
serem conhecedores das potencialidades minerais da região. Durante os governos
militares havia muita preocupação com a fragilidade e vulnerabilidade das
fronteiras da Região Norte. Houve um incentivo a ocupações nas áreas dos
territórios mais ao norte do país.
Megalômanos projetos foram executados no Brasil neste
período, e a transamazônica foi o maior e mais extenso deles. Através do Plano
de Integração Nacional – PIN, que previa a abertura de extensas estradas
ligando o centro do país ao norte, pouco habitado. Órgãos como a SUDAM, A
SUFRAMA. O BASA, E O INCRA, foram utilizados para incentivar o desenvolvimento
e a ocupação na região.
Abaixo, diversos links para consultas:
O desejo de buscar o desenvolvimento da Amazônia tem levado
ao cometimento de muitas irregularidades, ilegalidades, violência e destruição
de uma biodiversidade imensa, mas frágil e ainda pouco conhecida. Nos tempos
que vivemos onde a palavra SUSTENTABILIDADE ganha cada vez mais eco nas
discussões INTERNACIONAIS, vermos o desenvolvimento e exploração da região
sendo realizados com cuidado e respeito a natureza é o que a maioria das
pessoas quer, pois a região é uma das últimas fronteiras verdes quase intactas
do mundo, e nela reside em seu solo e vegetação, uma infinidade de riquezas e
recursos tão importantes quanto o minério de seu subsolo, que muitos
empresários desejam extrair sem se preocupar com consequências para o meio
ambiente.
Visando criar um sistema de vigilância e monitoramento da
região, dois Projetos foram implementados na Amazônia: o CALHA
NORTE E O SIVAM.
O CALHA NORTE foi criado em 1985,
ainda no Governo Sarney visando a ocupação e controle da região amazônica, com
o intuito de defender e vigiar essa tão desabitada região, através de uma maior
presença militar, ocupando áreas e criando bases militares.
Já o Projeto SIVAM, inaugurado em 2002, pelo então Presidente FHC, objetivou a construção de uma grande malha tecnológica ao longo do Amazonas, com técnicas de sensoriamento remoto, através de radares, que enviam informações via satélite.
O mais grave do caso SIVAM, é que
o centro de controle deste sistema de vigilância está a cargo da empresa
norte-americana Raytheon,
escolhida sem licitação para fornecer equipamentos para a implantação do SIVAM,
o que nos deixou em situação de extrema vulnerabilidade, pois os “OLHOS QUE VIGIAM E MAPEIAM A AMAZÔNIA, NÃO
SÃO BRASILEIROS”. O que cria uma dependência e vulnerabilidade perante os
EUA.
Uma outra crítica recebida,
suscitada por opiniões de especialistas nacionais que alertavam para o risco
deste projeto de FHC: além de faraônico pois custara 1.400 BILHÕES DE DÓLARES, ele
colocava em risco a segurança da Amazônia, que sempre teve suas riquezas muito
cobiçadas pelos EUA. Para os especialistas, a região até deveria ser uma “região
inteligente” – dotada de parafernálias técnicas de monitoramento, mas sob o
controle brasileiro.
A implantação do SIVAM suscitou muitas críticas e gerou o
chamado “Escândalo do SIVAM”
Temer decreta extinção da Reserva Nacional
do Cobre
Governo Temer convoca mineradoras à nova caça ao ouro na Amazônia
Reserva nacional de
cobre e seus associados
Estudos:
CPRM - SERVIÇO
GEOLÓGICO DO BRASILPROGRAMALEVANTAMENTOSGEOLÓGICOS BÁSICOSDO BRASIL
RESERVA NACIONAL DO COBRE E SEUS ASSOCIADOS - SÍNTESE DO CONHECIMENTO CIENTÍFICO - 1989
Projeto Aerogeofísico Reserva Nacional do Cobre e Associados-RENCA - 1999 - 1
Projeto Aerogeofísico Reserva Nacional do Cobre e Associados-RENCA - 1999 - 2
RESERVA NACIONAL DO COBRE E SEUS ASSOCIADOS - SÍNTESE DO CONHECIMENTO CIENTÍFICO - 1989
A política mineral do governo Temer
Diagnóstico do Setor Mineral do Estado do Amapá - 2010
Temer extingue Reserva Nacional de Cobre (do tamanho da Holanda) para exploração de minérios
Temer
extingue reserva do tamanho da Suíça e libera exploração mineral
Recursos minerais da Amazônia
MINERAÇÃO E MAPEAMENTO DAS PROVÍNCIAS MINERAIS DA AMAZÔNIA
Recursos minerais da Amazônia
MINERAÇÃO E MAPEAMENTO DAS PROVÍNCIAS MINERAIS DA AMAZÔNIA
Criação da Reserva
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