sábado, 26 de agosto de 2017

PROJETO JARI E RESERVA NACIONAL DO COBRE


Ocupação da Amazônia:           INTEGRAR PARA NÃO ENTREGAR. – CASTELO BRANCO

Desocupação da Amazônia:      ENTREGAR PARA NÃO INTEGRAR. – TEMER

Durante o discurso de abertura da SUDAM, em 1966, o então Ministro do Planejamento Roberto Campos ressaltou que a “verdadeira” vocação da Amazônia era a mineração


O que tem em comum entre o Projeto Jari e a Reserva Nacional do Cobre e Associados (RENCA)?

Tem muita coisa em comum. Então vamos a elas. Em primeiro lugar tanto Jari, quanto a RENCA estão situados nas fronteiras dos Estados do Pará e do Amapá. Além destas semelhanças existem outras, como por exemplo, estarem situadas bem próximas, em uma área de muita diversidade vegetal em seu solo e muita riqueza mineral em seu subsolo. Também têm em comum o fato de serem áreas de grande extensão territorial, comparado a áreas de muitos Estados brasileiros, como Sergipe, ou o Espírito Santo, ou até mesmo a países como a Holanda e Suíça.

A Reserva Nacional do Cobre foi criada em 1984, ainda durante a Ditadura, no Governo de João Figueiredo, último presidente do período militar. Sua área total, abrange aproximadamente uma área de 46.540 Km2.
Mas por que o então já decadente e desprestigiado governo militar de João Figueiredo resolveu criar uma reserva deste tamanho e importância, em uma região pouco habitada e com fronteiras frágeis e pouco vigiadas? A resposta para esta pergunta pode ser dada justamente em torno do Projeto Jari, do bilionário Daniel Ludwig, um empresário americano que ousou investir na criação de uma fábrica de celulose em uma área próxima do Rio Jari. Ele chegou até a trazer diretamente do Japão uma fábrica inteira, para instalar no local.

Em 1967, Daniel Ludwig comprou uma área de aproximadamente 17 mil Km2, mas que se estendia na prática por outra de tamanho até mais extenso, 3 milhões de hectares. Pois o empresário reivindicara o direito de posse de uma área adjacente ao projeto, o que lhe daria a posse de uma propriedade de quase 5 milhões de hectares. “O Jari foi planejado para funcionar como um complexo econômico de grandes dimensões, envolvendo atividades industriais, agrícolas e de extração mineral e vegetal”.

Tal aquisição causou muita desconfiança e chegou a gerar uma CPI, que questionava o sobre o risco para a soberania brasileira uma área tão grande nas mãos de uma única pessoa, mas tal CPI nada conseguiu apurar(por que será?). Fato é que no fim da década de 1970 e princípio da década de 1980, o Governo brasileiro implementou um enorme esforço para recuperar.

O Projeto Jari foi a “maior companhia florestal do planeta e mais extensa propriedade agrícola do mundo pertencente a uma só pessoa, o Jari envolveu um total de investimentos próximo de um bilhão de dólares. Por suas dimensões e por ser controlado por um empresário estrangeiro, foi objeto de inúmeras críticas e denúncias no decorrer de sua existência. Por um lado, foi criticado como um projeto mal concebido e mal dirigido do ponto de vista gerencial; de outro, foi visto por muitos como uma presença estrangeira indesejável no país e identificado como uma ameaça à soberania nacional. Otávio Ianni se referiu ao Jari como “um enclave estrangeiro criado com a proteção econômica e política da ditadura”, caracterizando-o ainda como um produto típico do regime instalado em 1964, que facilitou a abertura da Amazônia aos grandes negociantes de terra e promoveu uma política de concentração fundiária na região”. (veja aqui em PROJETO JARI.)
Baseado nestes fatos, podemos entender o porquê do então governo militar brasileiro se preocupar com aquela área. Provavelmente por serem conhecedores das potencialidades minerais da região. Durante os governos militares havia muita preocupação com a fragilidade e vulnerabilidade das fronteiras da Região Norte. Houve um incentivo a ocupações nas áreas dos territórios mais ao norte do país.

Megalômanos projetos foram executados no Brasil neste período, e a transamazônica foi o maior e mais extenso deles. Através do Plano de Integração Nacional – PIN, que previa a abertura de extensas estradas ligando o centro do país ao norte, pouco habitado. Órgãos como a SUDAM, A SUFRAMA. O BASA, E O INCRA, foram utilizados para incentivar o desenvolvimento e a ocupação na região.

Abaixo, diversos links para consultas:











O desejo de buscar o desenvolvimento da Amazônia tem levado ao cometimento de muitas irregularidades, ilegalidades, violência e destruição de uma biodiversidade imensa, mas frágil e ainda pouco conhecida. Nos tempos que vivemos onde a palavra SUSTENTABILIDADE ganha cada vez mais eco nas discussões INTERNACIONAIS, vermos o desenvolvimento e exploração da região sendo realizados com cuidado e respeito a natureza é o que a maioria das pessoas quer, pois a região é uma das últimas fronteiras verdes quase intactas do mundo, e nela reside em seu solo e vegetação, uma infinidade de riquezas e recursos tão importantes quanto o minério de seu subsolo, que muitos empresários desejam extrair sem se preocupar com consequências para o meio ambiente.
Visando criar um sistema de vigilância e monitoramento da região, dois Projetos foram implementados na Amazônia: o CALHA NORTE E O SIVAM.

O CALHA NORTE foi criado em 1985, ainda no Governo Sarney visando a ocupação e controle da região amazônica, com o intuito de defender e vigiar essa tão desabitada região, através de uma maior presença militar, ocupando áreas e criando bases militares.

Já o Projeto SIVAM, inaugurado em 2002, pelo então Presidente FHC, objetivou a construção de uma grande malha tecnológica ao longo do Amazonas, com técnicas de sensoriamento remoto, através de radares, que enviam informações via satélite.
O mais grave do caso SIVAM, é que o centro de controle deste sistema de vigilância está a cargo da empresa norte-americana Raytheon, escolhida sem licitação para fornecer equipamentos para a implantação do SIVAM, o que nos deixou em situação de extrema vulnerabilidade, pois os “OLHOS QUE VIGIAM E MAPEIAM A AMAZÔNIA, NÃO SÃO BRASILEIROS”. O que cria uma dependência e vulnerabilidade perante os EUA.
Uma outra crítica recebida, suscitada por opiniões de especialistas nacionais que alertavam para o risco deste projeto de FHC: além de faraônico pois custara 1.400 BILHÕES DE DÓLARES, ele colocava em risco a segurança da Amazônia, que sempre teve suas riquezas muito cobiçadas pelos EUA. Para os especialistas, a região até deveria ser uma “região inteligente” – dotada de parafernálias técnicas de monitoramento, mas sob o controle brasileiro.


A implantação do SIVAM suscitou muitas críticas e gerou o chamado “Escândalo do SIVAM”












Reserva nacional de cobre e seus associados

Estudos:




 Criação da Reserva












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