CAMINHOS PARA COMBATER A INTOLERÂNCIA RELIGIOSA NO BRASIL
Tendo como tema a intolerância religiosa existente no Brasil, a redação do ENEM 2016, não perguntou se existe ou não intolerância religiosa no Brasil, mas visou sugerir uma reflexão e uma busca de um debate para lançar uma luz sobre um assunto em que há muitas trevas dominando, mantendo no obscurantismo, qualquer discussão.
Mas afinal, o que é intolerância?
“Intolerância tem como principal característica a falta de habilidade ou falta de vontade em reconhecer e respeitar diferenças que existem entre crenças e opiniões diversas. ”
Por não respeitarem as diferenças ou as opiniões de pessoas que pensem diferentes deles, as pessoas tendem a agir movidas por preconceitos, que anda lado a lado com a intolerância.
Uma outra característica inerente à intolerância reside no fato dela ser um movimento realizado por uma “maioria”, contra uma “minoria”.
O Brasil é um país predominantemente cristão, mas existem diversos países pelo mundo onde o Cristianismo não é a maioria, ao contrário é uma minoria, e uma minoria perseguida, e massacrada.
Temos visto de uns anos para cá ou via INTERNET ou pelas televisões, uma onda de massacres de cristãos que são perseguidos em países cuja religião predominantemente é a muçulmana.
Destaco algumas coisas:
- Que nem todo muçulmano é árabe, e nem todo árabe é muçulmano;
- Que nos três Grandes Livros das três Grandes religiões do mundo – CRISTIANISMO, JUDAÍSMO e ISLAMISMO, há passagens incitando a violência de Deus contra os infiéis. Não podemos negar que certos trechos do Alcorão mais parecem um convite à violência e à intolerância – tudo depende da maneira que se quer interpretar, mas isso não significa que o islã é uma religião mais violenta que as outras. As Cruzadas Europeias, as perseguições principalmente de judeus e muçulmanos por parte da Inquisição Católica, demonstraram o grau de intolerância dos líderes e seguidores da religião cristã;
- Que há perseguição de minorias cristãs nos países árabes, africanos e asiáticos de maioria muçulmana ou de outras crenças, onde constantemente são martirizados e massacrados;
- Que o recrudescimento da intolerância e perseguição cristã e judaica nos países muçulmanos se deve à fúria de grupos como Al-Qaeda e Hamas, que frequentemente têm perseguido os infiéis em sua Guerra Santa (Jihad). Mas o conceito Jihad nada tem a ver com Guerra Santa. Jihad é um conceito essencial da religião islâmica que significa um EMPENHO ou ESFORÇO. Alguma coisa como SEGUIR OS CAMINHOS DE DEUS COM DETERMINAÇÃO.
Uma outra coisa que eu sempre venho dizendo é que a RELIGIÃO quando é mal interpretada ou mal aplicada, se torna um instrumento que ao invés de libertar as pessoas, as aprisiona. E, nestas condições acaba se tornando um mal para a humanidade.
As pessoas responsáveis pela condução de suas religiões algumas vezes costumam interpretar a Palavra de Deus de forma errônea, levando seus seguidores ao PRECONCEITO, que se transforma em INTOLERÂNCIA, que gera ÓDIO, que culmina em VIOLÊNCIA e MORTES.
Então pegue essa fórmula acima e aplique aqui no Brasil.
No Brasil, a religião predominante é a Cristã. Mas, espere aí. Diferente do Alcorão e do Torá(Tanakh), e mesmo tendo assimilado o Torá(Tanakh) como parte integrante de seu principal Livro – a Bíblia, a religião Cristã prega o AMOR, A TOLERÂNCIA, O PERDÃO, A PAZ, etc.
O próprio Cristo, repreendeu Pedro, ordenando que ele guardasse a espada, quando ele arrancara a orelha de um soldado, tentando defender Jesus, pois não era este o propósito de Deus, o de estabelecer um Reino Secular aqui na Terra, mas sim estabelecer o Reino de Deus no coração de cada um de nós, mas para isso, além de renunciar ao pecado, deveríamos renunciar à nossa natureza violenta.
Se há tanta INTOLERÂNCIA RELIGIOSA NO BRASIL, é porque há muito preconceito, que tem gerado muito ÓDIO, e tem – ainda em casos isolados – desembocado em VIOLÊNCIA E MORTES.
Mas por que há tanta INTOLERÂNCIA RELIGIOSA NO BRASIL se o cristianismo (religião predominante), não prega nada disso?
Porque lideranças religiosas – algumas fundamentalistas – estão incutindo nas pessoas um discurso preconceituoso, que tem gerado ódio e violência.
Neste quesito, o que diferencia um líder religioso cristão que preconiza um discurso de ódio contra os que são minoria aqui no país, dos líderes religiosos de grupos como Al-Qaeda e Hamas, que preconizam um discurso de ódio contra os cristãos que são minoria em seus países? Não há diferença. Alíás, há semelhança, pois entre as diferentes vertentes religiosas o que há em comum é a INTOLERÂNCIA e o FUNDAMENTALISMO RELIGIOSO.
A perigosa linha da intolerância e da incitação do ódio e da violência, causada pela ação do FUNDAMENTALISMO RELIGIOSO, nestes países já foi ultrapassada. Mas aqui em nosso país ainda não. Porém, se uma luz não for jogada sobre as trevas desta perseguição fundamentalista, correremos o risco de ultrapassar esta linha, e não teremos mais como voltar.
E esta perigosa linha pode ser ultrapassada se o país avançar para uma teocracia às avessas, guiadas por uma casta religiosa fundamentalista, preconceituosa e intolerante, cujas ações serão estendidas a outros grupos e minorias, mesmo fora das religiões.
Deixo abaixo, alguns links para pesquisa e enriquecimento das informações:
CAMINHOS PARA COMBATER A INTOLERÂNCIA RELIGIOSA NO BRASIL - Notícias Comentadas.
Uma ênfase especial destaco para este tema, pois o Brasil ao longo de sua História sempre foi um país de convívio harmônico entre seus cidadãos, mesmo havendo inúmeras diferenças raciais, sociais, culturais, religiosas, regionais, etc.
Quer melhor exemplo do que a região do SAARA, aqui no Rio de Janeiro, onde convivem harmonicamente tanto JUDEUS, quanto MUÇULMANOS E CRISTÃOS?
Quer melhor exemplo do que a região do SAARA, aqui no Rio de Janeiro, onde convivem harmonicamente tanto JUDEUS, quanto MUÇULMANOS E CRISTÃOS?
Mas, a intolerância nos últimos 13 anos vem sendo semeada e alimentada, coincidentemente após a chegada do PT ao Poder. Não porque o Partido fomentou, mas porque lideranças que se opunham às suas políticas includentes, travaram uma luta feroz, contra o Governo. Neste vale-tudo, até a INTOLERÂNCIA RELIGIOSA entrou no meio da briga.
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