A 4ª Frota e a "boa intenção" dos EUA com nosso pré-sal

O Frei Leonardo Boff, foi um dos ideólogos da Teologia da Libertação, uma corrente teológica que partia da premissa de que a aplicação correta do Evangelho deve exigir uma opção preferencial pelos pobres e oprimidos, baseando-se no fato de que a alma pode ser salva, mas o corpo não pode padecer. Ou seja, era preciso que as pessoas mais necessitadas tivessem direitos garantidos afim de lhes proporcionar uma melhora de vida. Porém o tema aqui é outro, fala de forma indireta sobre o velho e conhecido IMPERIALISMO AMERICANO, tão decantado e conhecido. “New Deal”, “Doutrina Monroe, que dizia que “América é para os americanos(eles)”, “Big Stick”, e outras. O imperialismo americano é um conjunto de medidas unilaterais, baseando-se na aplicação – pacífica ou não – da influência dos EUA nos campos político, econômico, militar e cultural, ao redor do mundo. O México que o diga. Devido à perda de grande parte de seu território justamente para os EUA, Porfirio Díaz disse: "Pobre México. Tão longe de Deus e tão perto dos Estados Unidos." Mas, o que nós temos a ver com isso? Não temos fronteiras com os EUA. Somos um país independente(?). Os EUA não mandam aqui(oi?). A guerra fria terminou há mais de duas décadas, mas a guerra imperialista nunca acaba. Se ontem o inimigo era a URSS(atualmente Rússia), hoje o inimigo é outro(a China, por exemplo), e as armas de persuasão são outras. Os EUA não abandonam nunca o seu “big stick”, e nem o seu ideal imperialista, visando manter a hegemonia no mundo, e em particular, na América Latina. O Brasil vinha se consolidando como “player global” e, provavelmente daqui há alguns anos, a “Doutrina Monroe”, seria talvez substituída pela “Doutrina Lula”, uma do tipo “a América Latina é para os latino americanos”, liderados naturalmente pelo Brasil. Mas o IMPÉRIO não poderia deixar isso barato. Teria que CONTRA ATACAR. Começaram reativando em 2008 a 4ª Frota americana, que é uma divisão da Marinha dos EUA responsável por operações e patrulhas no Atlântico Sul. Estes fatos nos levam a duvidar das “boas intenções” dos EUA. Tem ainda o recente movimento dos EUA, que caminham para consolidar a implantação de duas bases militares dos EUA na Argentina, uma na Patagônia, e outra na tríplice fronteira com Brasil, Uruguai e Paraguai. Bem em próximo do Aquífero Guarani, uma das maiores reservas subterrâneas de água doce do mundo. Sem falar na ganância que eles têm em cima de nosso pré-sal, que deve ser entregue a preço de banana para as empresas estrangeiras(vide a venda do campo de Carcará recentemente), assim como nossas estatais que foram praticamente entregues quase de graça na década de 90. Os entreguistas que estão aí(muitos bancados pela mídia), acham que isto não representa risco para o país.
A 4ª Frota é composta por 22 navios que são 4 cruzadores armados com mísseis, 4 destroyers também armados com mísseis, 13 fragatas armadas com mísseis, e 1 navio hospital. As autoridades dos EUA alegam que o objetivo deles é “realizar ações humanitárias”, mas então para que tanto armamento? Mas o que visam eles na prática? Visam intimidar. Visam garantir sua posição hegemônica aqui. Visam manter sob seu “big stick” nossa “cordialidade”, através da aceitação de sua dominação “sem contestação”, ou seja é uma verdadeira escalada militarista travestida de boa intenção. Seu comando alegou que tal aparato bélico visaria “ganhar corações e mentes das populações da região”, e que servirá para combater o narcotráfico, além do terrorismo, para vigilância e monitoramento das novas reservas do pré-sal(mas quem pediu isso a eles?), e efetivação de interações militares e treinamento bilateral e multinacional.
Você acredita?

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